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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Investigada a suspeita de superfaturamento na compra de caminhões pelo governo

A Delegacia Fazendária abriu um inquérito para investigar a suspeita de superfaturamento de R$ 26 milhões na compra de caminhões e máquinas para recuperação de estradas. Uma auditoria do próprio governo apontou indícios de irregularidades.
O governo do Estado comprou 408 caminhões e 297 máquinas para recuperação e manutenção de estradas. Foram gastos R$ 241milhões, com dinheiro que o Estado tomou emprestado do BNDES. Segundo o Ministério Público, uma denúncia anônima chegou ao gabinete do então governador Blairo Maggi. Os preços estariam superfaturados.
Um documento da licitação aponta que quatro fornecedores cobraram o mesmo preço por caminhão: R$ 246.315,00. Mas nas concessionárias, o caminhão do mesmo modelo custa menos. Em uma delas, o caminhão custaria a partir de R$ 192 mil, dependendo da configuração. Em outra loja, o preço é ainda mais baixo: R$ 188 mil.
De acordo com o Ministério Público, o Estado acertou com as empresas que pagaria à prazo, mas as concessionárias receberam pagamento à vista e mesmo assim teriam cobrado uma taxa de juros de 1,95% ao mês. Segundo uma auditoria determinada pelo governo, a diferença de preço totalizou R$ 26.592.760,24
A Delegacia Fazendária abriu inquérito para investigar os indícios de crimes de fraude a licitação e peculato. Há denúncias de que as empresas vencedoras da concorrência teriam aumentado os valores para compensar o que gastariam com suposto pagamento de propina. A auditoria do governo constatou que os preços fixados no pregão estavam 16% acima do preço de mercado.
O chefe da Casa Civil, Eder Moraes, que à época era secretário de Fazenda, disse nesta quarta-feira que parte do que o Estado pagou a mais já está sendo devolvido pelas empresas. "Já foram devolvidos aos cofres do governo do Estado, mais de R$ 6 milhões dessa operação". Questionado se o fato de ter havido devolução não seria uma confissão de que houve ilegalidade, Eder rebateu. "Não diria que houve algo ilegal. Se houve, não foi por parte do Estado de Mato Grosso", completou o chefe da Casa Civil.
Para o Ministério Público, a devolução do dinheiro não isenta os acusados dos crimes. A ONG Moral, que acompanha as denúncias, quer que as investigações sejam aprofundadas. "Está se falando dos caminhões. Está faltando os demais equipamentos, as patrolas, escavadeiras, pás-carregadeiras", reclamou Gilmar Brunetto, diretor da ONG Moral.

Um comentário:

  1. Por favor solicito ajuda tenho documentos que comprovam irregularidades em processo de licitacao no hospital regional de rondonopolis e morte causada por falto de leitos em uti

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