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terça-feira, 5 de abril de 2011

"Minha filha foi atendida várias vezes e poderia estar viva", diz mãe de bebê

mãe da criança de 2 meses que morreu de edema agudo pulmonar nesta segunda-feira, a espera de internação, está inconsolável e revoltada. Não é para menos.. J.M.B.M. faleceu às 8h40 enquanto a família tentava uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em um bairro da periferia de Rondonópolis, sul de Mato Grosso, Jandira Carla Coelho, acompanhada das duas filhas e vizinhas, segura uma bolsa com várias receitas médicas e a decisão judicial que determinou a internação da criança na UTI da Santa Casa de Misericórdia. “Eles tinham UTI e médicos e condições de atender minha filha” – conta a mãe.

Jandira relatou que há quase 15 dias a filha não estava bem de saúde. Por diversas vezes a mãe encaminhou a criança até o Pronto Atendimento (PA) Infantil, e sempre voltava para casa com o mesmo diagnóstico, uma gripe franca que melhoraria com um xaropinho. Porém na última quinta-feira o quadro da criança piorou, mas o diagnostico continuava o mesmo.

“Todas às vezes me mandavam para casa dizendo que estava tudo bem, que era uma gripinha normal. Uma das médicas me disse que eu (Jandira) que estava com o psicológico abalado e que a criança estava bem. Em outra ocasião falaram que eu premiada, porque J.M.B.M. seria minha segunda filha com bronquite”, disse a mãe.

No final de semana foi realizado exame de sangue, onde foi constatado que a criança estava com uma leve anemia e infecção pulmonar, mas foi encaminhada para casa. ”A médica me disse que poderia tratar a criança no PSF. Quando cheguei em casa minha filha deu uma crise e começo a babar, mas conseguiu dormir após uma inalação. Mas quando ela acordou não consegui respirar, meu marido tinha que segurá-la em pé, quando corremos novamente para o P.A. Infantil” - disse a mãe.

Jandira relatou que depois de ter dado entrada no hospital o médico tentou limpar o nariz dela, a criança parecia estar com parada respiratória, e estava tremendo e pálida. “De repente colocaram minha filha nos aparelho e falaram que precisava de uma UTI urgente, que não foi liberada pelo Hospital Regional e a Santa Casa, quando procuramos o promotor de justiça”.

A mãe comentou que de sexta para sábado o doutor Gerson, havia dito que a criança deveria ser encaminhada para UTI em Cuiabá, mas que na troca de plantão a médica receitou soro e inalação e liberou a criança, mesmo ciente de a filha deveria ir para capital.

“O doutor Gerson que nos orientou a procurar a justiça para conseguir a internação, pois a Santa Casa e o Hospital Regional não quiseram receber minha filha. Quando conseguimos a decisão do juiz já era tarde. Eu via minha filha estendendo as mãos para mim sem poder respiar” - desabafou Jandira, lamentando enquanto esperava pelo corpo da filha.

24Horas News

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