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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Depois de Cuiabá e Várzea Grande, Rondonópolis quer entregar o PAC

A queixa é a mesma: falta de dinheiro para bancar a contra-partida. Rondonópolis, terceira maior cidade de Mato Grosso, principal exportadora de grãos do Estado, quer que o Estado assuma R$ 1 milhão de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, para que haja sobra de caixa para outros setores. Cuiabá e Várzea Grande já fizeram e deu certo. Quem está respondendo pela articulação é o deputado federal Carlos Bezerra, que renasceu nas articulações políticas a partir da ascenção de Silval Barbosa ao Governo.

Embora há que se considera que a situação de Rondonópolis seja um pouco diferente de Cuiabá e Várzea Grande. Por aqui, os dois prefeitos estão sofrendo duros desgastes: primeiro por falta de liderança mesmo, e segundo por conta de erros envolvendo o programa. Aliás, como ocorreram erros! Licitação com cartas marcadas, combinação de preço, formação de cartel por empreiteiros, ameaças, envolvimento de altos funcionários, fraudes, grampos telefônicos, prisões, obra parada por ordem da Justiça, empreteiras substituídas, processo extinto e por ai foi até guindar o PAC ao quase fracasso.

A estratégia do “abarrotamento” do programa nas duas principais cidades parece ter dado certo. Para que as obras do PAC sejam absorvidas pelo Governo só falta mesmo pareceres técnicos jurídicos encomendados pela Secretaria de Cidades. “É uma questão técnica” – explicou o secretário Nico Baracat, que, agora, deve sofrer pressão do líder do seu partido para que “presenteie” Rondonópolis com as mesmas moedas.

“Se o Estado assumisse esses valores, poderíamos estar investindo em mais asfalto ou até mesmo em saúde” - argumentou o vereador Adonias Fernandes, durante o final de semana numa reunião com o prefeito José Carlos do Pátio e Bezerra – que já se propôs a ser o elo entre o prefeito e o governador, afastados por questões de ordem eleitoral. Na conversa com Bezerra, Pátio explicou que a cidade de Rondonópolis, ao contrário de Cuiabá e Várzea Grande, não teve problemas durante a execução do PAC. “Somente por isso nós poderíamos ganhar um incentivo do Estado, pois Cuiabá e Várzea Grande fizeram ao contrário e ganharam de presente a contrapartida” - disse o prefeito.

“Temos que avaliar com calma e ver o que o Estado pode fazer neste momento” – ponderou Bezerra.

O prefeito repassou que, além dos recursos do PAC I, o município vai receber também investimentos do PAC II. Os recursos do PAC II serão para rede esgoto, habitação, rede água, pavimentação e galeria de águas pluviais. Rondonópolis foi contemplada com a liberação de R$ 105 milhões para as obras do PAC 2, onde apenas R$ 19 milhões são financiados e o restante é dinheiro do fundo perdido do Orçamento Geral da União.

24Horas News

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