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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sanecap conclui sindicândia antes do tempo e não vê falhas


Apesar de ainda ter mais 30 dias de prazo para apurar e corrigir as possíveis irregularidades apontadas nas investigações que descobriram a "máfia da seca", a Sanecap já concluiu a sindicância que investigava a existência ou não de um suposto esquema que envolvia o pagamento de propinas para que não houvesse corte de água em residências, chaves de manobras que controlam o abastecimento em poder de presidentes de bairros e a venda de água feita por caminhões-pipas particulares, que seriam beneficiados pelo esquema.

Mesmo com as dezenas de depoimentos de moradores, que garantiram terem sido vítimas do esquema, e com os apontamentos do relatório final da comissão processante, a empresa de saneamento alegou não ter encontrado nenhum indício de irregularidade no decorrer dos trabalhos da sindicância interna. Assim, concluíram que a suposta existência da máfia da seca não passava de boatos, por isso, nenhuma medida corretiva foi adotada.

O caso foi denunciado pelo vereador cuiabano Toninho de Souza (PDT), que presidiu a comissão e defendia a instauração de uma CPI para apurar as denúncias. O relatório final foi apresentado em novembro de 2010. Na ocasião, o próprio relator da comissão, Antônio Fernandes (PSDB) e o vereador Chico 2000, que também integrava o grupo que investigava o caso, votaram contra a CPI. Na época, a Câmara delimitou um prazo de 90 dias para que a Sanecap tomasse as providências necessárias para regularizar a situação.

Toninho foi o único a defender a necessidade de uma investigação mais profundo. Ele alegava que o relatório apontava muitas fragilidades e que a prefeitura não seria capaz de atender a todos os pedidos dentro do prazo estipulado. Além disso, para ele, a CPI serviria para colocar um ponto final nas denúncias e esclarecer os fatos. O próprio presidente do sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto e Saneamento, Idueno Fernandes de Souza, havia defendido a criação da comissão, já que inocentes teriam sido demitidos enquanto os verdadeiros culpados continuavam atuando na Sanecap.

RD News

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