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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Podadores ganham dinheiro e transformam Cuiabá em lixão


Enquanto a Prefeitura de Cuiabá desenvolve um amplo trabalho de limpeza da área urbana, utilizando tratores e caminhões, visando eliminar focos do mosquito da dengue, na outra ponta, pessoas que vivem da poda de árvores na cidade, atuam jogando entulhos e transformando em lixo as mesmas áreas. Os custos dos serviços giram em torno de R$ 100 a R$ 300 dependendo do tamanho das árvores. Sem estrutura, eles dispensam as falhas de árvores e troncos em diversos pontos e até em áreas públicas.

No bairro Araés, nas proximidades da Todimo Home Center, há menos de três semanas a Prefeitura executou o trabalho de remoção do lixo e entulho utilizando tratores, caminhões e homens. Entretanto, pouco tempo depois o que se vê é lixo jogado no local.

No bairro Morada do Ouro I, nas imediações da sede da Federação Espírita de Mato Grosso um trabalho concentrado foi executado também pela prefeitura. Entretanto dois dias após vários galhos de árvores já haviam sido jogados nos locais. Antes porém, numa área em frente a FEEMT era comum as pessoas jogarem galhos de árvores e posteriormente atearem fogo.

Um caso interessante aconteceu no bairro Morada do Ouro 2, onde o presidente da Associação de Moradores, Jaime Rodrigues, desembolsou cerca de R$ 2 mil para executar serviços em vários terrenos baldios do bairro utilizando uma pá-carregadeira.

O trabalho consistia de ajuntar os entulhos que posteriormente seriam removidos pela prefeitura num acordo previamente estabelecido. Apesar de que o serviço não foi cumprido pela administração pública várias áreas ficaram limpas. Porém, em pouco tempo depois, a ação de pessoas voltou a amontoar lixo nas áreas, o que inclui tanto os podadores de árvores como moradores das imediações e até a proprietária de um restaurante que jogava lixo e restos de alimentos no local.

A tentativa de impedir tais ações ocorreram várias vezes pelo próprio Jaime Rodrigues, assim como por parte de voluntários. O homem que jogava o lixo do restaurante foi ameaçado de ser denunciado pela prática de crime contra a natureza; um pedreiro chegou a voltar com restos de material de construção depois de ter sido barrado no momento em que ia despejar os entulhos e um outro que arrastava uma galha de árvore (alegando que a Cemat havia deixado na calçada), desistiu da empreitada.

Em uma das situações, um morador ao ver um homem com uma camionete Pampa, na cor verde, jogando galhos em uma área, se deslocou até um posto da Polícia da Natureza, localizado nas imediações da Sanecap e apresentou a denúncia a um servidor que estava no local. O homem, de nome Francisco, disse que o problema era da Prefeitura e não da Delegacia. Ao ser alertado que o lixo estava sendo jogado próximo de uma área de preservação ambiental , o servidor assim mesmo alegou que seria culpa da Prefeitura.

Em outra situação, foi dado um telefonema para o número 190, da Polícia Militar, já que terceiros também jogavam lixo nas proximidades da área de preservação ambiental. O atendente também justificou que o problema não era de polícia e sim da administração pública.

24Horas News

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