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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

CRM cobra de candidatos saída para o "caos" na Saúde


A Saúde entrou na pauta dos candidatos ao Governo, na noite de segunda-feira (30), quando, a convite do Conselho Regional de Medicina (CRM), os adversários apresentaram propostas e projetos para o setor.

Sem a presença do governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição, que alegou incompatibilidade de agendas - em nota, ele informou que vai conversar com a classe médica, oportunamente -, Wilson Santos (PSDB), Mauro Mendes (PSB) e Marcos Magno (PSOL) puderam visualizar, em apresentação feita pelo CRM, a situação da Saúde mato-grossense.

Com números e imagens, o presidente do conselho, Arlan de Azevedo Ferreira, reafirmou a "situação desumana" do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá e Várzea Grande, além do abandono de postos e hospitais nas cidades do interior de Mato Grosso.

De acordo com o médico, apesar de os prontos-socorros serem de responsabilidade de cada município, o Estado ainda tem maior representatividade e deve arcar com ela.

"A Saúde é um problema do Estado porque o cuiabano, o varzea-grandense, o barragarcense, por exemplo, antes de mais nada, são mato-grossenses e também brasileiros. Portanto, com a grande representatividade que o Estado possui, ele pode assumir a responsabilidade que lhe cabe quanto ao setor público de Saúde", disse Azevedo.

O CRM também entregou relatório de itens considerados prioritários na Saúde Pública, divididos em oito metas e 19 tópicos, entre eles, implantação eficiente de políticas e programas de Saúde, abertura de novas unidades hospitalares e criação da carreira dos profissionais de Saúde no Estado.

Propostas

Após a fala do presidente do Conselho, cada candidato teve 20 minutos para apresentar propostas no setor.

Wilson Santos deu o pontapé inicial, afirmando que Mato Grosso está em um padrão médio de Saúde do país. Eleito por duas vezes prefeito de Cuiabá, o tucano disse que o atual modelo de gestão da Saúde Pública é para "matar qualquer prefeito".

"Reconheço mea culpa, eu tentei tudo e todos os meios, porém a Saúde é uma questão mais profunda. Aos poucos, estamos vencendo", disse.

Segundo o candidato, a redução da mortalidade infantil e o aumento da longevidade do cuiabano são dois indicadores essenciais para mostrarem melhoras no setor.

Como governador, Wilson prometeu mais vagas para o curso de Medicina na UFMT, abertura do curso na Unemat e descentralização da urgência e emergência.

Já o socialista Mauro Mendes fez um convite à reflexão. De acordo com ele, se não houver compreensão da origem do problema da Saúde, não será possível que seja resolvido.

"O problema da Saúde é a qualidade da gestão. O modelo atual é precário. Vivemos em uma política do medo, onde o cidadão pensa que, se um dia precisar ter, sabe que terá dificuldade em encontrar serviços adequados", disse.

Para Mauro, Mato Grosso tem sido omisso e a ambulancioterapia "virou moda". Entre suas propostas, citou o aumento de leitos nos hospitais, implantação de novos prontos-socorros e uma nova política de profissionais da Saúde.

Marcos Magno (PSOL), que usou apenas oito dos 20 minutos a que tinha direito, fez o compromisso de combater as desigualdades sociais e que, caso seja eleito, promoverá um "choque de gestão".

Entre as propostas de seu partido, estão o combate à corrupção e a promoção de políticas públicas, dentre elas, as de Saúde.

Midia News

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