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terça-feira, 21 de setembro de 2010

PSDB protocola convite a Dilma, mas falta de quórum deve adiar reunião

O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), protocolou nesta segunda-feira (20) um requerimento para convidar a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, para depor na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O presidente da comissão, Demóstenes Torres (DEM-GO), porém, já afirmou que não há quórum para convocar a comissão e que é “impossível” votar o requerimento antes das eleições. Dilma, aliás, já tinha dito que não aceitaria o convite.Dias gostaria da presença de Dilma para explicar acusações contra sua sucessora no ministério da Casa Civil, Erenice Guerra. Ela era auxiliar direta de Dilma e deixou o cargo após acusações de tráfico de influência contra pessoas de sua família. Para o senador, os fatos denunciados não poderiam acontecer sem o “aval” de Dilma.

“Os fatos narrados com base e em entrevistas e depoimentos comprovados evidenciam ser pouco crível que decisões de tamanha gravidade, tomadas para respaldar o rol de ilícitos cometidos ao longo de anos, o fossem sem o aval da titular da pasta”, afirma o requerimento.
O presidente da CCJ, no entanto, não deve convocar a comissão. Demóstenes destaca que devido à campanha eleitoral o Senado está em “recesso branco” e não haveria número suficiente de parlamentares para realizar a sessão.

“Não vou convocar porque não dá quórum. Na última sessão já tive que interromper por falta de quórum. Não vou fazer presepada. É preciso 12 senadores para ter sessão e nós não conseguimos reunir nesse período porque o governo não vai dar quorum”. Para Demóstenes, é “impossível” votar o requerimento de Dias antes das eleições.

Em entrevista no final de semana a ministra já tinha descartado a possibilidade de aceitar um eventual convite para falar no Senado sobre o tema.

Ministério Público

Dias e outros parlamentares da oposição também encaminharam ao Ministério Público complementações a uma representação protocolada na semana passada pedindo investigações contra Erenice Guerra. Na complementação é pedido que se apure eventual “conivência ou omissão” de Dilma.

São anexadas à representação anterior novas reportagens mostrando outras denúncias contra a família de Erenice. O complemento lista também as pessoas que deixaram o cargo após as acusações, entre elas a própria ministra.

G1

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