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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Polícia suspeita de mais envolvidos com as fraudes


A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso aguarda resposta de uma operadora de telefonia para realizar quebra de sigilo telefônico, com o objetivo de identificar dados de mais alunos envolvidos no esquema de cola eletrônica, no vestibular de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), nos dias 27 (sábado) e 28 (domingo) de novembro.

Na operação, realizada a partir de denúncias anônimas, a Polícia prendeu em flagrante, no primeiro dia do exame, Agripos Lucas Matheus dos Santos, 20, Fortunato Simões Franco, 19, Hélcules Cleiton, 18, Juan Tiago Pagnassant, 21, Pedro Simões Franco, 21, Paulo Cezari Frizanco, 20, e Nathan Lúcio Moreira, 20, todos responsáveis pelo esquema.

No dia 30 de novembro, os sete acusados de estelionato e formação de quadrilha conseguiram habeas corpus e foram liberados. A Polícia, a partir da data das prisões, tem 30 dias para finalizar e apresentar o relatório das investigações.

Além dos sete homens, 22 vestibulandos foram flagrados participando do esquema. Os estudantes colocavam celulares nos calçados e, por meio de toques vibratórios, as respostas eram repassadas. Um dos acusados, Fortunato Franco, fazia o vestibular em pouco menos de duas horas e levava a resposta dos gabaritos.

O preço da prova respondida variava de R$ 10 mil a R$ 20 mil; alguns até dividiam o pagamento em dez vezes.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Ana Cristina Feldner, apesar de ser um ato "ilegal, imoral e antiético", por falta de amparo legal, os estudantes não serão punidos.

A delegada também informou que todos os acusados, estudantes e alguns familiares que pagaram o gabarito foram ouvidos. Agora, a Polícia espera a resposta da operadora. Segundo Ana Feldner, certamente serão encontrados mais envolvidos.

"Temos certeza que vamos identificar mais pessoas, já que pelo que pudemos observar, constam números nos celulares dos acusados que não correspondem a nenhum dos celulares dos 22 estudantes que foram pegos na data do exame", disse.

A operadora não deu um prazo fixo para a resposta da quebra de sigilo. Ana Cristina Feldner tem até o dia 27 deste mês para concluir o inquérito, que, de acordo com ela, já passa de 200 páginas.

Os acusados foram presos, passaram três dias na Polinter, mas, por força de habeas corpus, estão responde aos processos em liberdade.

Midia News

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