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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Com empurrão de Maggi, Silval chega às convenções como favorito

Os feitos da gestão Blairo Maggi estão servindo de combustível para alimentar de forma estável e, aos poucos, ganhar velocidade a pré-candidatura de Silval Barbosa na corrida ao Palácio Paiaguás. O então vice-governador começou em terceiro e último lugar nas intenções de voto, deixando até mesmo a classe política desacreditada no projeto majoritário sob argumento de que não se conseguiria reverter o quadro. O ex-prefeito cuiabano Wilson Santos, com discurso duro de opositor, era o grande favorito. Gradativamente, o peemedebista foi marcando posição e chega agora o período das convenções consolidado em primeiro lugar.

Silval é daqueles que evitam o conflito. Tenta equacionar os problemas na base do diálogo e, com isso, está conseguindo superar brigas até mesmo com o cacique do seu PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra. Em dois meses de mandato, o governador enfrentou crises e escândalos nunca vistos, como o superfaturamento de mais de R$ 35 milhões na aquisição de maquinário e prisões de quase 100 pessoas, inclusive assessores do Paiaguás, por causa de crimes ambientais. Por enquanto, conforme mostram as pesquisas, o pré-candidato à reeleição está passando ileso a fase aguda de sua administração. Sem alarde, soube conduzir politicamente a situação.

Wilson que abriu mão de mais de dois anos de mandato como prefeito da Capital convicto de que, na liderança nas pesquisas, estaria a um passo de conquistar a cadeira de governador, vive agora o drama de buscar estratégia para voltar a ser o primeiro colocado. Restam menos de quatro meses para as eleições gerais. Os partidos e seus postulantes a cargos eletivos se preparam para as convenções. O tucano tem do seu lado os caciques e irmãos Júlio e Jayme Campos, que levaram o DEM para a aliança, assim como o prefeito cuiabano Chico Galindo, presidente estadual do PTB. Sob orientação nacional, o PPS também se junta à oposição, embora o dirigente estadual Percival Muniz insiste na tese de apoio a Mauro Mendes (PSB) para governador.

Silval, por sua vez, tem a força de Blairo Maggi, que comandou o Estado por sete anos e três meses e, embora o brilho da gestão tenha sido ofuscado com os escândalos no fim do mandato, continua com a popularidade em alta, tanto que lidera a disputa para o Senado e o efeito negativo da administração não respingou sobre o sucessor peemedebista. O ex-prefeito de Matupá e ex-deputado por dois mandatos começa a ser visto agora como favorito e não mais com aquela desconfiança de que não iria "decolar". Está sabendo explorar os feitos do governo anterior, como alguém que deseja prosseguir no mesmo caminho. Assim, tem Maggi como principal cabo eleitoral. Além disso, conta com o poder da máquina do Estado, com quase R$ 8 bilhões de orçamento e cerca de 90 mil servidores. A oposição, por sua vez, bate-cabeça para tentar reverter a situação eleitoral.

Foi motivado por conjecturas e sinalização de que Silval não teria condições de ganhar a eleição que Mauro Mendes deixou o PR e foi para o PSB, seguro de que conseguiria viabilizar uma terceira via e, assim, ter todo o bloco governista no seu palanque. Ele foi orientado nesse sentido pelos deputados e presidentes do PPS e PDT, respectivamente, Percival e Otaviano Pivetta. O tiro saiu pela culatra. Mendes, ao menos por enquanto, não se viabilizou. É o terceiro e último colocado nas pesquisas e enfrenta conflitos com o presidente do próprio PSB, deputado Valtenir Pereira, que deseja levar o partido para os braços de Silval, que tem na coligação PMDB, PR e PT.

Fonte: RDNews

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