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terça-feira, 1 de junho de 2010

Silval garante exonerar adjuntos e chefe de gabinete

O governador Silval Barbosa (PMDB) garantiu que vai exonerar os servidores públicos envolvidos na Operação Jurupari que ocupem cargos comissionados para cumprir com a determinação de afastamento por tempo indeterminado, feita no dia 21 de maio, dia no qual a operação foi deflagrada pela Polícia Federal.

Está medida só poderia ser aplicada aos servidores de carreira e, até o Diário Oficial do dia 28, o chefe do gabinete do peemedebista, Silvio Cesar Araújo; o adjunto da Secretaria de Meio Ambiente Alex Sandro Marega; e o ex-adjunto de Mudanças Climáticas e atual adjunto de Desenvolvimento Rural, Afrânio Migliari, não haviam sido econerados. Sendo assim, eles estão afastados das funções, mas continuam recebendo os salários.

“Não há afastamento para eles, é exoneração, demissão”, ratificou o governador durante o evento Municípios Mato-grossenses em Foco, realizado na noite de segunda-feira (31), ao ser questionado pelo Olhar Direto sobre como o afastamento afetariam esses servidores.

Silval havia comunicado a decisão de afastar os envolvidos em uma nota publica através da Secretaria de Estado e Comunicação (Secom), sem detalhar a minúcias do procedimento.

Entretanto, já se passam 10 dias após o comunicado e o governador mostrou desconhecer o fato das exonerações ainda não terem sido publicadas no Diário Oficial. “Já deve ter sido publicada (a exoneração). Não? Então calma, calma.”

Ataque a Mato Grosso

Em seu discurso solene na abertura do evento, Silval Barbosa aproveitou para criticar a Operação Jurupari, acusando-a de tentar jogar no lixo os esforços ambientais realizados por Mato Grosso desde 2005, após o estado assumir a gestão ambiental, a qual é responsabilidade do governo Federal. Na ocasião, o estado tentava corrigir os vícios do sistema desbaratado pela até então maior operação da Polícia Federal realizada em MT, a Curupira.

“Olha o quanto evoluímos desde 2005, quando assumimos a questão ambiental. E há poucos dias tentaram jogar tudo no lixo. Não vamos deixar isso acontecer, vamos revidar”, prometeu Silva.

Operação Jurupari

A Operação Jurupari investiga crimes como extração, transporte e comércio ilegal de produtos da Amazônia mato-grossense, além de fraudes nas elaborações dos planos de manejos e na concessão de licenciamento.

Foram expedidos pelo juiz federal da Primeira Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, 91 mandados de busca e apreensão e 91 mandados de prisão preventiva em diversos municípios de Mato Grosso e no estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Espírito Santo.

Dentre as principais irregularidades constatadas estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como terras indígenas.

As investigações começaram há dois anos e PF apurou irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais. Foram presos madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais, servidores públicos dao governo do Estado e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O valor mínimo dos danos ambientais causados pelos investigados, nestes últimos anos, é de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Fonte: Olhar Direto

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