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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pivetta e Rodrigues se xingam e PDT expõe racha interno


A crise instalada no Partido Democrático Trabalhista (PDT), em Mato Grosso, se confirmou na tarde desta quarta-feira (23), durante o que deveria ser uma coletiva de imprensa, na sede do partido, em Cuiabá.

O racha interno veio à tona em forma de "bate-boca", protagonizado pelo presidente regional, deputado estadual Otaviano Pivetta, e o tesoureiro da legenda, Rodrigo Rodrigues.

No meio da discussão, uma certeza: a definição do rumo que será tomado pelo PDT nas eleições majoritárias ficará para o último prazo legal, no próximo dia 30, quando acontecerá a convenção pedetista.
Pivetta defendeu a manutenção do partido na coligação Mato Grosso Muito Mais, que tem Mauro Mendes (PSB) como candidato; já Rodrigues quer que o grupo siga com o governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição.

Num clima tenso, os dirigentes, antes de falarem com os jornalistas, se reuniram durante, pelo menos, 30 minutos. Ao sair da reunião, Otaviano Pivetta informou que não havia convocado a coletiva de imprensa.
Rodrigo Rodrigues interrompeu e afirmou que ele próprio havia convocado a coletiva. "Oficialmente, meu grupo está aqui para propor para executiva que repense o apoio ao Mendes", declarou o tesoureiro.

Partido de aluguel

De pronto, Pivetta acusou o grupo, que diverge da opinião de seguir com Mendes, de ter-se beneficiado financeiramente perante "outras forças políticas". Ele ainda se disse surpreso com o convite à imprensa.
"Pelo visto, as vantagens foram grandes, ao mudar de opinião rapidamente. O PDT sempre foi um partido de aluguel e o nosso projeto é mudar isso (...) Estamos autorizados pela nacional a seguir na coligação Mato Grosso Muito Mais", disse Pivetta.

Ele ainda apontou outros fatores para continuar na coligação encabeçada por Mauro Mendes, assinalando qualidades da candidatura de Pedro Taques ao Senado e apostando na viabilidade do projeto de poder no Governo do Estado.
"Os melhores nomes estão aqui, o que representa a mudança. Os outros candidatos são iguais [referindo-se a Wilson Santos (PSDB) e Silval Barbosa]. Temos o compromisso de mudar a história do PDT e estamos de corpo e alma no projeto de Mauro Mendes", disse.

Traição

Pivetta ainda acusou seus ex-assessores Rodrigo Rodrigues e Valdinei Barbosa de traição, disse que eles são minoria dentro do partido e estão sendo beneficiados para tumultuar internamente a legenda.
"Esses dois trabalhavam em meu gabinete e mudaram de opinião, alguma coisa aconteceu. Eles não passam de dois traidores, eu fui traído dentro do meu gabinete e não deve ter sido por pouca coisa não. Essa é uma prática antiga", acusou.

Otaviano Pivetta convocou uma reunião com a cúpula regional, segundo ele, para reiterar o posicionamento de apoio à candidatura de Mendes.
Intervenção

Rodrigo Rodrigues disse que irá a Brasília procurar a cúpula nacional, para pedir uma intervenção no estadual, alegando que o projeto de Mendes não empolgou e não tem viabilidade política eleitoral.
"O próprio Pivetta liberou o partido a buscar outras forças e, agora, vem com esse discurso... A maioria está de acordo em apoiar Silval e vamos mostrar isso nas convenções. O desafio está lançado", disse, ao ser acusado por Pivetta de estar mentindo.

Rodrigues ainda acusou Pivetta de manobrar no partido para ter maioria na convenção, e que esse motivo já daria motivo para a execitiva nacional intervir no Estado.

"Minoria é o grupo dele, que preside um partido somente no papel. Aposto que ele nem sabia onde ficava a sede desse partido. E conheço um a um. Desafio a ter mais voto na convenção plenária. Por isso, estão mudando os presidentes, fazendo manobrar de última hora", acusou.


Fonte: Mídia News

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