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terça-feira, 29 de junho de 2010

Guerra diz que impasse pode prejudicar Serra


O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), admitiu nesta segunda-feira, durante entrevista a programa de rádio, que a vitória do partido nas eleições presidenciais deste ano pode ser comprometida diante da reação do DEM, que ameaça romper a aliança nacional em torno do presidenciável José Serra, caso os tucanos não desistam da chapa puro-sangue. Para Guerra, a principal questão é a "falta de unidade e tranquilidade".

“Temo que tenhamos neste episódio atuado para comprometer a nossa vitória. Não é a questão de um partido ter o apoio do outro. Já votamos com os democratas, e os democratas votam conosco há muitos anos. O problema é ter uma solução construtiva da luta que enfrentaremos”, disse.

Na última sexta-feira, o PSDB decidiu indicar o senador Álvaro Dias (PR) para vice, o que causou crise no partido do Democratas. Nesta segunda-feira, a cúpula do partido vai se reunir com Serra para dar um ultimato: ou o PSDB desiste da chapa puro-sangue ou haverá o risco de a legenda ficar fora da coligação. A convenção do DEM será realizada nesta quarta-feira (30).

Durante a entrevista, Guerra afirmou ainda que não houve anúncio, mas sim a sugestão do nome de Álvaro Dias para vice. Segundo ele, o senador reúne as qualidades necessárias para ocupar a vaga:
“Não houve anúncio de vice. Houve sugestão de um nome (...) Porque o senador tem uma liderança de qualidade, é um dos senadores mais bem aprovados do Brasil, tem uma presença no Congresso que todo mundo valoriza. É um excelente candidato a vice-presidente porque fala bem, explica bem conhece bem. Além do mais significaria a consolidação de uma vitória grande que nos esperamos ter no Sul do país de uma maneira geral e no Paraná em particular”, afirmou o tucano.

Para Guerra, o impasse em torno do vice pode afetar ainda as alianças estaduais.
“Os encaminhamentos estaduais seguem seus cursos, mas ninguém pode pensar que não havendo entendimento geral vá se ter entendimento local com a facilidade que se tinha antes”, afirmou o senador, que descartou a possibilidade de o PSDB fazer concessões nos estados para acalmar o DEM e fazê-lo desistir da vaga de vice.

O DEM tem um trunfo: um tempo de 2 minutos e 9 segundos na TV. Atrás de Dilma
Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de votos, o ex-governador de São Paulo aposta na propaganda em rádio e TV para tentar reverter a situação.

Fonte: Da redação com O Globo

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