Os 184.349 votos conquistados pela ex-candidata Marina Silva (PV) em Mato Grosso, no primeiro turno, serão importantes dentro da estratégia petista para eleger Dilma Roussef (PT) presidente da República, em segundo turno. A avaliação é do presidente regional do PT, deputado federal Carlos Abicalil, que, desde quarta-feira (6), participa de reunião ampliada, em Brasília, com líderes do partido.
De acordo com o parlamentar, apesar de Dilma ter ficado em segundo lugar no Estado, com 659.771 mil votos, o que representa 42,94%, e José Serra (PSDB) com 678.614 mil (44,16%), a candidata dp PT ainda apresentou melhores resultados que o presidente Lula, na disputa pela reeleição, em 2006.
Além disso, mesmo que o "efeito Marina" tenha sido responsável pelo segundo turno no país, em Mato Grosso, Abicalil analisou que o que houve foi " um efeito marginal".
"Nosso foco será em projetos de desenvolvimento, sustentabilidade, inclusão social e distribuição de renda, temas que nos aproximam das propostas de Marina", disse ele.
Outra estratégia pré-definida é o enfrentamento do que ele considerou "direita raivosa". "A direita tenta dificultar o debate verdadeiro, com falácias como esta do aborto, do qual eu também fui vítima nesta campanha", apontou.
Entre as atividades de campanha do PT no Estado, o deputado informou que ocorrerão "bandeiraços", adesivagem de veículo e distribuição de panfletos. Também haverá nove grupos de mobilização regional e sete comitês distribuídos em diversas regiões de Mato Grosso.
Já pelo arco de alianças, Abicalil informou que telefonou para Dilma ontem e reiterou que a coordenação deve continuar a cargo do PMDB, que tem à frente o governador reeleito Silval Barbosa.
Na próxima quinta-feira (14), partidos que fizeram parte da coligação "Mato Grosso em Primeiro Lugar" se reúnem para definir coordenadorias e outras estratégias. Segundo Abicalil, o vice-governador eleito Chico Daltro (PP) deve ser um dos coordenadores de campanha. Também integrarão a campanha o secretário-executivo do Ministério dos Transportes e o diretor-presidente do DNIT, Luiz Antônio Pagot.
O PDT, que fazia parte da coligação "Mato Grosso Melhor Pra Você", é um dos novos partidos que deve aderir à campanha da petista.
De acordo com Abicalil, outros partidos, como o PSB, do ex-candidato ao Governo Mauro Mendes, também pode se aliar à coligação.
Midia News
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