Pesquisar este blog

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Galindo tenta contornar crise do lixo na Capital que será sede da Copa


Chico Galindo (PTB) enfrenta uma situação que se tornou grande desafio no comando da Capital, embora trate-se de uma questão básica para o administrador público: regularizar o serviço de coleta de lixo. No Palácio Alencastro há três meses, o petebista tenta solucionar o caos no setor, enquanto toneladas de lixo ficam acumuladas nos bairros e até na região central da Capital que se prepara para ser uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014. O prefeito rescindiu o contrato com a Qualix, patrocinadora de campanha de candidatos, como foi com Wilson Santos e Alexandre Cesar em 2004.

A empresa vinha explorando a concessão dos serviços de coleta de lixo desde a gestão Roberto França (1997/2004). Agora, a administração contratou temporariamente a carioca Delta. Para não ser multado por quebra do contrato, o prefeito recorre a várias cláusulas que a Qualix não estaria cumprindo.

Entre os argumentos do prefeito está a coleta precária do lixo em alguns bairros, que vinham acumulando sujeiras até por duas semanas, além da paralisação dos serviços sem comunicação formal ao município. Lembra, inclusive, que a Qualix foi multada várias vezes, totalizando R$ 4 milhões. A concessionária, por sua vez, não quer perder o contrato de R$ 1,5 milhão mensais e promete ingressar na Justiça para assegurar o direito de executar os serviços até 12 de agosto, quando venceria o acordo firmado com a prefeitura.

Nesta segunda (20), quando a Delta assumiu a coleta e a Sanecap passou a administrar o aterro sanitário, a Qualix “bateu o pé”. Mesmo sem autorização do município, coletou o lixo da região Sul. Ao chegar no aterro sanitário, os caminhões foram barrados. Além da pendenga com a empresa, o prefeito vai ter de resolver o impasse quanto à contratação dos motoristas e garis.

Acontece que a Delta se comprometeu a aproveitar os mesmos funcionários da antiga prestadora. O problema é que eles ainda não foram demitidos e, por isso, a empresa destacou 60 varredores municipais para a ação. Mesmo com o empenho da nova empresa e de mutirões, a prefeitura estima que ainda estejam acumulados ao menos 700 toneladas de lixo no perímetro urbano. Diariamente são recolhidas 460 toneladas. No novo modelo de coleta, a Delta disponibiliza 16 caminhões, 32 motoristas e 96 garis. A gestão estima gasto mensal de R$ 1 milhão, numa economia de R$ 500 mil num comparativo com a Qualix.

Licitação

O contrato com a Delta tem vigência de seis meses. Neste período, a pefeitura precisa realizar a nova licitação. A administração chegou a lançar um edital, que previa a contratação do serviços por meio de pregões, mas teve de cancelar o certame depois que o processo foi impugnado na Justiça. Agora, procurador-geral Fernando Biral admite que a modalidade da licitação pode ser alterada. Além disso, outros serviços, como varreção, serão incluídos. Galindo precisa resolver também o impasse sobre construção de novo aterro sanitário. O lixo é depositado hoje numa célula construída ao lado no aterro já existente. Técnicos asseguram que o local é suficiente para absorver o lixo por somente seis meses. A Sanecap precisa construir um novo aterro. E, assim, segue a administração pública na Capital, acumulando "pepinos" deixados pelos antecessores, assim como lixo na rua.

RD News

Nenhum comentário:

Postar um comentário