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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Justiça determina prisões e toma bens por "rombo" na Cooperlucas

O juiz federal Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara da Justiça Federal, sentenciou uma das ações penais ajuizada contra diretores da extinta Cooperativa Agrícola de Lucas do Rio Verde, a Coperlucas, e funcionários do Banco do Brasil da agência situada no município, localizado a 354 Km ao norte da Capital. Além de pena de reclusão em regime fechado e semi-aberto que variam de 4 a 19 anos, o juiz federal ainda decretou perdimento de bens no valor de R$ 230 milhões.

De acordo com sentença, Ilvo Vendrúsculo, Antônio Fagundes de Oliveira, José Nakiri e Joci Piccini foram condenados 19 anos e oito meses de reclusão em regime fechado, mais multa; Carlinho José Ceratti recebeu pena de 17 anos e 332 dias de reclusão em regime fechado, mais multa. Já Pedro Pereira de Souza, advogado, foi apenado em 4 anos, três meses e 90 dias de reclusão em regime semi-aberto, mais multa;

Milton Luciano dos Santos, alto funcionário do Banco do Brasil, por sua vez, foi condenado a 5 anos e 90 dias de reclusão em regime semi-aberto, mais multa. Também recebeu pena de prisão, decretada pelo juiz federal, o irmão do deputado federal Carlos Bezerra, do PMDB, Paulo Roberto Bezerra. A pena foi de 4 anos de reclusão em regime semi-aberto.

Os condenados foram acusados de realizar operações irregulares com a agência do Banco do Brasil, envolvendo produtos vinculados a contratos de Aquisições do Governo Federal (AGF) e de Empréstimos do Governo Federal (EGF), que casou prejuízo ao erário federal e desvio dos grãos que deveriam estar depositados nos armazéns da Cooperlucas.

O escândalo foi revelado em 1999. De acordo com o juiz Julier Sebastião da Silva, ficou comprovado prejuízos à instituição financeira federal, ao erário federal, ao sistema financeiro e aos associados e fornecedores da cooperativa, beneficiando, seus diretores e alguns funcionários graduados do banco. No processo havia indícios de prática dos crimes de falsidade ideológica, estelionato qualificado, gestão fraudulenta de instituição financeira, gestão temerária e obtenção fraudulenta de financiamento.

Existem em tramitação na Justiça Federal mais dois processo sobre caso. Neles estão denunciados o ex-superintendente do Banco do Brasil, José Guim Filho; o ex-gerente da instituição em Lucas do Rio Verde, Eros Marco Alves; Jaime Shiguetochi Matsunaga; Antonio Tadaioshi Mitsuyasu; Antonio José Pavan Valdir Giaretta; Luiz Matsubara e Neri Guilherme Artmann.Eles respondem por responder por prática de crimes de estelionato qualificado, bando ou quadrilha, gestão bancária fraudulenta e fraude em financiamento.

A Cooperlucas chegou a ocupar o terceiro posto em produtividade de grãos no país e a quinta posição em comercialização de cereais para exportação.

Fonte: 24horas News

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