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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Laudo sobre nova busca em sítio fica pronto nesta semana

O Instituto de Criminalística (IC) de Minas Gerais deve concluir nesta semana o laudo sobre a segunda busca realizada no sítio do goleiro Bruno, em Esmeraldas (MG), realizada na terça-feira (13). Durante o trabalho dos peritos, foram encontrados vestígios de sangue humano e fios de cabelo em um colchão. O trabalho faz parte da investigação sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, que já é considerada morta pela polícia mineira.

Bruno, que jogava no Flamengo, é suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio. Ele teve um relacionamento com a jovem e ela tentava provar, na Justiça, que teve um filho do atleta. Eliza não faz contato com familiares e amigos desde o início de junho.

Sérgio Ribeiro, diretor do IC, disse ao G1 que também deve entregar à polícia um laudo sobre a análise feita no GPS do carro do goleiro Bruno, que foi apreendido durante uma blitz policial. "Analisamos os dados do aparelho e o relatório sobre isso deve ficar pronto em poucos dias. Além desse laudo, vamos entregar à investigação o resultado das análises sobre o que foi encontrado no sítio, na segunda varredura feita no local."

O delegado-chefe do Departamento de Investigações de Belo Horizonte, Edosn Moreira, disse ao G1 que espera os documentos da perícia para concluir o inquérito que apura o desaparecimento de Eliza Samudio. "Temos 30 dias de prazo legal para conclusão do inquérito, mas acredito que devemos passar um pouco esse tempo, porque estamos ouvindo algumas partes e sempre surge uma nova informação. Dependendo do laudo, se for necessário vamos fazer alguma nova diligência."

Amante de Bruno

A mulher apontada pela polícia como amante do goleiro Bruno -- e que teria tomado conta do bebê de Eliza Samudio e ajudado a levá-lo para Belo Horizonte -- aparece em pelo menos cinco depoimentos de testemunhas no inquérito policial que apura o desaparecimento de Eliza Samudio.

Fernanda Gomes desembarcou no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, neste sábado (17), segundo Ércio Quaresma, advogado dela.

O delegado Edson Moreira afirmou ao G1 que pretende ouvir a mulher o mais rápido possível. "Ela está em Minas Gerais e vamos ouvir o depoimento dela. O advogado dela não iria trazê-la para cá se não tivesse alguma coisa para falar."

Investigação no Rio de Janeiro

O inquérito que apurou o sequestro de Eliza Samudio foi concluído no Rio, segundo o delegado Felipe Ettore da Divisão de Homicídios do Rio. Os três suspeitos são Bruno, o amigo dele Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e um menor que foi detido na casa do goleiro na terça-feira (6). Bruno e Macarrão se reservaram o direito de permanecer calados. O menor prestou depoimento na mesma noite em que foi detido.

Ettore disse que as investigações no Rio foram encerradas, e que o processo foi enviado à Primeira Central de Inquéritos e posteriormente à Vara Criminal competente.

De acordo com o delegado Edson Moreira, de Minas Gerais, o documento foi anexado ao inquérito sobre o desaparecimento de Eliza. "Assim que os presos [Bruno, Macarrão e o menor] foram liberados para Minas Gerais, tivemos acesso ao inquérito. Até agora, nada de novo, nada do que já sabíamos foi acrescentado ao nosso trabalho pelo documento da polícia do Rio."

Entenda o caso

Nascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o goleiro Bruno. Ela engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno. Os delegados já consideram Eliza morta.

Oito pessoas estão presas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de envolvimento no desaparecimento da jovem, incluindo Bruno. Todos negam o crime.

No Rio, o goleiro e o amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, são investigados por suspeita de participação no sequestro da jovem. Os dois também negam.

G1

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