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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Inelegível, Pedro Henry vê "armação" de Pedro Taques


A decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nesta terça-feira (20), que tornou o deputado federal Pedro Henry (PP) inelegível por três anos, reacendeu a guerra política entre o progressista e o candidato ao Senado, Pedro Taques (PDT).

Henry acusa Taques de ter antecipado a decisão da Justiça Federal. "Quero saber como ele [Taques] teve acesso a essa informação privilegiada", indagou, em nota.

Procurado pela reportagem, Pedro Taques, que fez campanha pela manhã na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade (521 km a Oeste de Cuiabá), declarou que entende o desespero de Pedro Henry, afirmando que nunca antecipou decisão de nenhum magistrado ou colegiado.

"Para qualquer cidadão de bem desse Estado que sabe do passado dele [Henry], seria fácil fazer uma previsão", declarou.

Taques afirmou ainda que acredita na Justiça Eleitoral, concordando com o julgamento. E até ironizou: "Não fiz previsão alguma do julgamento do Henry, mas quero fazer uma previsão agora: vai chegar o dia em que políticos corruptos vão ser presos no Brasil. Os políticos têm que entender que o país está mudando".

Perseguição

Por meio de sua assessoria de imprensa, Pedro Henry se disse vítima de perseguição, de supostos adversários que impedir sua candidatura à reeleição, fato que não se limitaria aos adversários políticos em Cáceres, sua principal base eleitoral, mas também no âmbito regional, citando o nome de Pedro Taques.

Henry garante ter provas testemunhais de que, em reunião com membros do PDT, Taques garantiu que o progressista perderia o embate jurídico, junto ao TRE.

O parlamentar afirmou que interpelou judicialmente o ex-procurador, pelo fato de o pedetista ter, segundo a nota, estranhamente, antecipado o resultado do julgamento desta terça.

"Se ele vai me interpelar judicialmente, não posso fazer nada. Isso é um direito dele. Deixe ele fazer o que achar de direito. Estamos preparados para responder", declarou Taques.

Reeleição

Em nota, Pedro Henry afirmou: "Não vão me calar. Dei uma entrevista em Cáceres para tratar de assuntos de interesse da cidade, sou médico e deputado, e é minha obrigação fazê-lo. Em nenhum momento, pedi votos ou sequer citei o nome de qualquer candidato. O dia em que um deputado federal não puder mais falar à imprensa, acabou a liberdade de expressão".

O deputado sustentou que a decisão do TRE foi injusta. Ele se referia ao fato de ser julgado por conceder uma entrevista, em 2008, durante um programa da TV Descalvados (SBT), em Cáceres, que coincidiu com a campanha à reeleição do irmão, Ricardo Henry, à Prefeitura do Município.

Para ele, quem ler a transcrição ou assistir à entrevista poderá conferir que fez apenas um panorama sobre a situação da Saúde do município. "Limitei-me a emitir declarações sobre a Saúde, na condição de médico e deputado federal. Não pedi votos a ninguém", alegou Henry, ao reafirmar que está indignado.

"Tentaram fazer uma interpretação política no TRE. Não concordo e, por isso, vou recorrer. Sou candidato e vamos obter uma grande vitória nas urnas", disse Henry, logo após o anúncio da decisão do TRE.

O parlamentar lembrou que o juiz de primeira instância, Geraldo Fidelis, julgou improcedente, em 2008, a ação de investigação eleitoral proposta pela coligação "Cáceres com a Força do Povo", do atual prefeito Túlio Fontes (DEM). No pedido, a coordenação jurídica do democrata alegou abuso de poder econômico e de veículo de comunicação com base na veiculação da entrevista.

Midia News

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