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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Galindo pressionado a exorcizar grupo de Wilson Santos no secretariado

O prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo, está sendo pressionado – e não vai resistir muito – a fazer mudanças profundas no secretariado. Principalmente naqueles cargos ocupados por pessoas mais próximas do então prefeito Wilson Santos, que renunciou no ano passado para disputar a eleição ao Governo de Mato Grosso no ano passado. A pressão vem da bancada do próprio partido de Santos e o movimento está sendo articulado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio Pinheiro, que pertence ao partido de Galindo.

A razão é simples: com a derrota de Santos ao Governo, acabou a força. Os vereadores tucanos acham que é hora de mudar o centro de gravidade. Agora, são eles que estão na gestão pública. Portanto, os auxiliares do prefeito devem estar mais alinhados aos interesses dos vereadores do que de Wilson. “Tem muito secretário que foi colocado por Wilson que sequer lê um requerimento dos vereadores” – contou uma fonte.

Ao todo, oito nomes estão listados. São eles: Permínio Pinto, Educação; Julieta Rodrigues, da Assistência Social; Edivá Alves, da Secretaria Municipal de Transito e Transportes Urbanos (SMTU); Paulo Borges, de Infraestrutura; Guilherme Muller, de Finanças; Ronaldo Taveira, da Cuiabá Prev; Luiz Mario, Auditoria Geral; e Tania Matos, da Regional Leste – este cargo de segundo escalão.

A proposta da bancada encaminhada a Galindo através do aliado Júlio Pinheiro é simples: eles querem substituir pelo menos quatro secretários. Do contrário, Galindo vai começar a enfrentar problemas no Legislativo Municipal. Na semana passada, em entrevista a uma emissora de rádio de Cuiabá, o vereador Antônio Fernandes, atual vice-presidente da Câmara – e considerado “encrenqueiro de marca maior” – avisou que poderá liderar um bloco de oposição.

A rigor, uma oposição encorpoda encontraria “solo fértil” para atuação. Razões para gritar contra o prefeito e sua equipe não faltam. A Prefeitura de Cuiabá sofre neste momento de latargia absoluta. A espera das obras da Copa do Mundo, pouco ou quase nada vem fazendo para amenizar os problemas que afligem a cidade e sua gente. As vias públicas estão em estado precário e o trânsito atinge o ápice da incompetência de gestão. Detalhe: o secretário de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), Edivá Pereira Alves, é vereador e aliado de primeira hora do ex-prefeito.

Fora isso, o prefeito Galindo cometeu alguns erros capitais na estratégia de fomentar a gestão. Exemplo, a majoração da Planta Genérica de Valores do IPTU. Precisou dar meia volta ante a revolta empresarial e popular. Na época, o prefeito desafiou os inadimplentes e prometeu jogo pesado. Com a Prefeitura com o caixa vazio, Galindo já deu mais um passo atrás: prometeu que não será candidato a reeleição, dando a entender que vai, de fato, tentar carreira solo na administração municipal, se livrando, inicialmente, das amarras políticas constituídas nos acordos eleitorais.


24Horas News

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