Do dia primeiro ao dia 30 de agosto desse ano, foram registrados 8.279 focos de calor no Estado de Mato Grosso, contra 1.382 de 2009, o que significa um aumento de 499%, segundo dados do Insituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), registrados por satélite.
Situação semelhante ocorreu em 2007, e segundo o técnico do INPE, Luiz Carlos Nascimento - que esteve hoje no Programa Cidade Independente, da Rádio Cidade FM (94,3) - isso ocorre por conta do aumento da massa seca, que deixa a vegetação como um todo mais propícia para combustões. "Nesse período, é preciso cuidar até os canteiros e gramas, e qualquer bituca de cigarro pode ser fatal, tanto no perímetro urbano, quanto rural" diz ele. Em todo o país, foram registrados 26.753 focos de calor só em agosto desse ano.
As afirmações se confirmam com o recente caso de Marcelândia, que teve boa parte da cidade devastada pelo fogo, e o caso da comunidade rural Morrinhos, na região de Santo Antônio de Leverger, que teve cerca de 300 hectares queimados, só nesse final de semana.
Nascimento conta que, para monitorar tudo isso, o Inpe conta hoje com 3000 plataformas de coleta de dados, 12 satélites que fazem cálculos desses dados e uma grande equipe do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, interpretando tudo isso de forma a previnir e até resolver problemas com queimadas e outros. "A precisão do tempo no Brasil é muito boa, mas a exatidão ainda não existe, mas é quase que 90% certa para três dias" diz ele.
Folha do Estado
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