Pesquisar este blog

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Professores do Estado ameaçam cruzar os braços a partir de 4ª

Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) irão suspender suas atividades a partir desta quarta (25). No dia 18, após uma reunião entre professores de 50 municípios, a decisão já havia sido anunciada. Entretanto, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Rui Ramos, afirmou que até esta sexta (20) seria tomada alguma medida para amenizar a situação, já que é vetada a contratação de profissionais em período eleitoral. Como não houve qualquer resposta, os professores ameaçam novamente cruzar os braços.

De acordo com o presidente da Sintep-MT, Gilmar Soares, a decisão do TRE fere o princípio constitucional de garantir direito à educação. "É um absurdo que se negue aos cidadãos o direito à educação de qualidade em nome do direito à transparência nas eleições" desabafa. Por conta da decisão, trabalhadores que se afastam por problemas de saúde ou pedem a saída do trabalho, por exemplo, não são substituídos. "São muitas as escolas em que os coordenadores voltaram para as salas de aula. Em outras, dispensam os alunos e essa situação é insustentável", complementa.

Em Canarana (a 838 km de Cuiabá) os problemas são os mesmos. Na escola Norberto Schawntes, mesmo com ajustes que, por si só, precarizam as condições de aprendizagem, faltam professores para 20 aulas semanais. "Hoje contamos com apenas um coordenador para cerca de 1,3 mil alunos. Antes eram três. Um faleceu e outro voltou para a sala de aula", explica o secretário adjunto de formação sindical do Sintep e coordenador, Paulo Roberto Guimarães.

O impasse acontece por conta da falta de professores na rede pública de ensino, já que o TRE barrou novas contratações com base no acórdão n.º 18.881. O conflito entre governo e professores levou o Ministério Público do Estado (MPE) a abrir um inquérito civil para investigar a secretária de Estado de Educação (Seduc) por improbidade administrativa. O MP questiona o não preenchimanto de 2 mil vagas que estão habilitadas desde junho.

RD News

Nenhum comentário:

Postar um comentário