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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Na onda do “Bateau Mouche”, prefeitos correm para Silval

O candidato a governador pela coligação “Mato Grosso em Primeiro Lugar”, Silval Barbosa, do PMDB, já contabiliza apoio de 12 prefeitos filiados a partidos que tem candidatos a governador. É a chamada “onda do Bateau Mouche” sobre os partidos adversário – termo cunhado pelo radialista William Gomes para tratar de agrupamentos políticos que estariam afundando – numa referência a embarcação de turismo que naufragou na costa brasileira no dia 31 de dezembro de 1988, matando centenas de pessoas.

O maior número de infiéis até aqui é dos Democratas, o DEM, que apóia o candidato a governador Wilson Santos, do PSDB, da Coligação “Senador Jonas Pinheiro”. A aliança política entre PSDB e DEM pode ajudar a interpretar um pouco a adesão de prefeitos à candidatura de Silval Barbosa. Historicamente, tucanos e democratas sempre estiveram em lados opostos.

O PSDB teve como seu maior ícone político o ex-governador Dante de Oliveira, ferrenho adversário da família Campos, dos irmãos Jayme e Júlio Campos. Por décadas, os dois clãs políticos se confrontaram – ora como situação, ora como oposição.

A história também é reveladora. O DEM é o antigo Partido da Frente Liberal (PFL), que surgiu para abrigar políticos do PDS, sigla que se desgastou com a redemocratização do Brasil. O PDS abrigava os aliados dos militares então pertencentes a Aliança Renovadora Nacional (Arena), extinta com o fim do bi-partidarismo. Já o PSDB tem como origem o PMDB, sigla que funcionou por anos como uma espécie de frente de resistência e oposição ao Governo militar. No período militar, o PMDB era apenas MDB.

Em 1998, o atual democrata Júlio Campos tentou um entendimento político parecido: buscou o PMDB para tentar derrotar o tucano Dante de Oliveira que concorria a reeleição ao Governo. O acordo político suscitou em um dos maiores fracassos de bilheteria, isto é, de votos: Júlio sofreu uma derrota inesquecível para Dante.

O segundo partido que mais oferece “inféis” no momento é o PPS. O que é de se estranhar. Os socialistas foram um dos agrupamentos político mais assediados destas eleições. Presidido com mão de ferro pelo deputado Percival Muniz, o PPS esteve muitas vezes perto de estar apoiando a candidatura de Wilson Santos. A sigla chegou a se dividir, ou seja, “rachar” por conta dos embates travados entre o grupo do dirigente partidário e do vereador Ivan Evangelista. Muniz insistiu na tese de apoiar a candidatura de Mauro Mendes, do PSB, e fez prevalecer a sua vontade.

Os prefeitos democratas que anunciaram apoio a Silval Barbosa, são: Vanderley Proenco Ribeiro, de Itanhangá; Eurípedes Neri, de Santa Cruz do Xingu; Gilberto Mendes Leoncini, de São José do Xingu; Alciudes Milhomem, de Alto Boa Vista; Aloísio Jakob, de Bom Jesus do Araguaia; e Farid Tenório, de Arenápolis. Já do PPS oficializaram apoio ao candidato governista os prefeitos Wilson José de Barros, de Alto Araguaia; Filemon Limoeiro, de São Félix do Araguaia; Gaspar Lazari, de Confresa; Lorival Martins, de Canabrava do Norte; e, Benedito de Oliveira, de Porto Estrela.

Outro prefeito de partido adversário em apoio a candidato do PMDB é
Daniel Correa Beraldo, de Ribeirão Cascalheira. O presidente do PPS de Alto Araguaia, Wilson José de Barros, e o presidente do DEM de Nobres,
Devair Valim, também firmaram apoio a Silval Barbosa.

24Horas News

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